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Constantino e as transformações do

Império Romano no século IV

 

Constantine and the transformations of the Roman Empire in the Fourth Century

 

 

 

 

 

 

rhaa 11, segundo as suas conveniências, membros da sua família,

 

 

 

Cláudio Umpierre Carlan

 

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Depois da morte de Galério em 311, quatro imperadores

disputam o poder: Constantino, Maximino Daia, Maxêncio e Licínio.

A guerra entre eles torna-se inevitável. Licínio e Maximino

se enfrentavam no Oriente, enquanto Constantino e Maxêncio, no

Ocidente. Em um primeiro momento, Licínio e Maximino fizeram

um acordo. Em 313, Licínio casa-se com a meia-irmã de Constantino,

Flávia Júlia Constantina, com quem teve um filho, Licínio II.

Por razões políticas, volta-se contra Maximino Daia, derrotando-o

no mesmo ano. Maximino foi condenado à morte. Desse modo, o

Oriente voltou a ter um único senhor.

Com a derrota e morte de Maxêncio em 312, na ponte Mílvia,

uma nova aliança é estabelecida entre Constantino e Licínio.

Após alguns enfrentamentos iniciais, firmaram a paz em Sérdica,

no ano de 317. Durante esse período, ambos nomearam novos

 

césares

independentemente da idade.

O próprio Senado Romano, por causa do aumento dos impostos,

pediu a Constantino que invadisse Roma, expulsando Maxêncio.

Essa passagem foi ricamente descrita por Eusébio de Cesareia e

Lactâncio. Na realidade, o exército de Constantino era bem inferior

ao de Maxêncio, mas, como comandante militar, Constantino era

superior ao rival. Napoleão Bonaparte, imperador francês, já dizia

no século XIX: “é melhor um exército de coelhos comandados por

um leão, do que um exército de leões comandados por um coelho”.

Em 313, já como senhor do Ocidente, Constantino assina o Edito

de Milão, com Licínio, senhor do Oriente.

Reunidos em Milão, em 313, Constantino e Licínio assinam

o Edito de Milão. Em resumo, o documento declarava que o Império

Romano seria neutro em relação ao credo religioso, acabando

oficialmente com toda perseguição sancionada oficialmente, especialmente

ao Cristianismo. A aplicação do Edito fez devolver os

lugares de culto e as propriedades que tinham sido confiscadas dos

cristãos e vendidas em praça pública. O Edito deu ao Cristianismo

(e a todas as outras religiões) o estatuto de legitimidade, comparável

com o paganismo e, com efeito, desestabeleceu o paganismo como

a religião oficial do Império Romano e dos seus exércitos.

Na tentativa de consolidar a totalidade do Império Romano

sob o seu domínio, Licínio em breve armou seu exército contra

Constantino I. Como parte do seu esforço de ganhar a lealdade

dos seus soldados, Licínio dispensou o exército e o serviço civil da

política de tolerância do Edito de Milão, permitindo-lhes a expulsão

dos cristãos. Em resumo, Licínio torna-se um perseguidor. Depois de

novos enfrentamentos, em 324, Constantino reunifica o império.

Constantino

Parte II

01/09/2009 13:44
29 César e vencedor de LicínioFausta,           Constantino e o Império no séc. IV   rhaa 11   Constantino, além de mandar executar Licínio, seu cunhado, e o filho dele, Licínio II, em 325, depois de prometer publicamente não fazê-lo (Eusébio de Cesareia cita...